Dia solene de abertura marcado pelo diálogo entre 4 gerações
No passado dia 1 de outubro, em que a Igreja faz memória de Santa Terezinha do Menino Jesus, realizou-se a abertura solene do Seminário Interdiocesano de São José, em Braga, no ano formativo de 2020-2021, que agora começa, que esperamos ser cumulado de bênção pelo Espírito Santo de Deus. Da parte da manhã, a equipa formadora esteve reunida com o Sr. D. António Luciano, Bispo de Viseu, este ano delegado para assumir o “leme” do nosso seminário. De seguida, ao almoço, o Sr. Bispo pôde saudar os seminaristas que fazem parte da comunidade formativa deste ano.Durante a parte da tarde, as atividades decorreram como de costume, com o tempo de adoração eucarística.
Por volta das 18h30, celebrou-se a Santa Missa dedicada ao Espírito Santo, presidida pelo Sr. Dom António Luciano e onde esteve também presente o Sr. Dom Diamantino Carvalho, Bispo emérito de Campanha, no Brasil. Da homilia do presidente da celebração, destacamos a seguintes intervenções: «O seminário tem que ser, em primeiro lugar, uma família e esta constrói-se com a vida, pela abertura e fidelidade ao Espírito Santo. A vocação é um dom de Deus, rezai-a, alimentai-a, dizei: Senhor, que barro tão frágil escolheste, mas moldai-nos segundo o vosso Espírito. Não posso no seminário ser apenas um hóspede. Tenho que aprender desde os bancos do seminário, que a relação com o Senhor passa pelo trabalho, pelo diálogo tu a tu com Cristo ressuscitado, através da humildade que se destacará pela caridade generosa na oração e na afinidade com os outros». Terminando com palavra que exortavam a quem o ouvia a viver em pobreza, humildade e pureza à semelhança de Maria Santíssima. Depois da homilia, foram investidos de alvas os dois novos seminaristas do primeiro ano, António Fernandes, da diocese da Lamego, e Francisco Coimbra, da diocese da Guarda.
A seguir ao jantar, que se pode adivinhar que foi de festa, realizou-se uma tertúlia, onde os dois bispos presentes deram o testemunho da sua vocação. Realçamos, em primeiro lugar, palavras de D. António Luciano em jeito de interpelação: «O que esperamos da Igreja hoje? O que estamos dispostos a dar à Igreja?», continuando com o relato da sua vocação. De seguida, D. Diamantino deu o seu testemunho a partir do seu lema episcopal “Servir com alegria”, relatando o caminho da sua vocação de tipógrafo a bispo, fazendo jus ao seu carisma de franciscano que procurou sempre viver em fidelidade. Interessante foi constatar que estávamos naquela sala quatro gerações de vocacionados (seminaristas, formadores, um bispo em exercício e um bispo emérito) que levou o nosso reitor, P. António Jorge, a recordar a importância do encontro entre gerações tão aclamado pelo Papa Francisco.
No dia seguinte, foi o D. Diamantino a presidir à memória dos Santos Anjos da Guarda. Ao pequeno-almoço, D. António Luciano despediu-se dos seminaristas com palavras de coragem e força na perseverança de seguir até ao fim deste ano formativo que agora começa.
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