A dimensão humana da formação presbiteral
O chamamento divino interpela e envolve o ser humano “concreto”. É necessário que a formação ao sacerdócio ofereça os meios adequados para facilitar o seu amadurecimento, com vista a um exercício autêntico do ministério presbiteral. Para este fim, o seminarista é chamado a desenvolver a própria personalidade, tendo por modelo e fonte Cristo, o Homem perfeito.
A ampla reflexão presente no Novo Testamento a respeito dos critérios de idoneidade dos ministros ordenados, mostra com quanta atenção, já desde as origens, se prestava atenção aos aspectos próprios da dimensão humana. Os Padres da Igreja elaboraram e praticaram uma assistência ou “terapia” do homem de fé chamado ao serviço apostólico, porque estavam convencidos da profunda necessidade de amadurecimento que ainda existe em cada homem. Uma reta e harmoniosa espiritualidade requer uma humanidade bem estruturada; de fato, como recorda São Tomás de Aquino, “a graça pressupõe a natureza” e não se substitui a esta, mas a aperfeiçoa. É então necessário cultivar a humildade, a coragem, o sentido prático, a magnanimidade do coração, a retidão no juízo, a discrição, a tolerância, a transparência, o amor à verdade e à honestidade. (RF, 93)
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