Primavera 67 - MONTSE GRASES

MONTSERRAT GRASES nasce a 10 de Julho de 1941, em Barcelona.MONTSERRAT GRASES 1
É a segunda de nove irmãos. Seus pais são muito cristãos e asseguram aos filhos uma educação baseada na abnegação, a entreajuda mútua, a generosidade e a oração.
Aparentemente, nada parece destacar Montse, nome pelo qual era tratada. Foi-se aproximando de Deus pouco a pouco, através das pequenas coisas diárias e na sua relação com os outros. Para além da família, encontra outro apoio pelo qual caminha e forma sua consciência cristã, sempre na liberdade própria do seu carácter: um lar para adolescentes e jovens raparigas, orientado pela OPUS DEI, promovendo formação, convívio e oração. Paralelamente, mantém uma vida normal. Adora praticar desporto, música e dança.

Porém, surgem dores e cansaços inexplicáveis. O mal localiza-se no joelho, piorando. O diagnóstico torna-se evidente: sarcoma de Ewing, um dos mais temíveis cancros dos ossos, incurável na época.
Quando, finalmente, se decidem a contar-lhe a verdade, Montse retira-se para o seu quarto, silenciosa. Aí, beija o crucifixo dizendo: “Servir-te-ei, Senhor…” e adormece tranquila. Nada altera a sua forma de viver. Pelo contrário, torna-se cada vez mais responsável e atenta aos outros. Não se limita em crer, mas dá-se sem restrição. Procura aproximar de Deus todas as suas amigas.
Perante as dificuldades, encoraja-se dizendo para si mesma: “Sou filha de Deus”. Permanece alegre, pois confia que tudo o que ocorre é para o bem daqueles que amam Deus. No sofrimento, desesperada pela dor, geme dizendo “Até quando, Senhor, até quando?” Mas logo acrescenta: “Senhor, quando quiseres, como quiseres, onde quiseres…” ou ainda “Como Te amo, ó quanto… Ajuda-me a ser fiel.” Sem dramas, nunca fala de si ou do seu mal, mas sempre se preocupa com os outros.
Finalmente, chega a Semana Santa de 1959, através da qual Montse se identifica com o sacrifício de Jesus. Sente que está no fim: “Nunca imaginei que morrer era tão difícil. Mas, sabes, eu estou contente… Eu sou tão feliz!” É assim que falece na Quinta feira Santa, no dia 26 de Março de 1959, antes de fazer 18 anos.
Dela, dir-se-á: Monserrat Grases não fez nada de especial. Apenas fez com extraordinário amor as coisas quotidianas.

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