PRIMAVERA 13 - Theodore Romza

A 1 de novembro de 1947, morria envenenado por uma agente soviética, o jovem bispo ucraniano THEODORE ROMZA.teodor romza Cópia
Theodore viveu quase toda a sua vida na região dos Cárpatos (atual Ucrânia), mas num período tão conturbado da história que mudou por três vezes de nacionalidade. Nascido como súbito da dupla monarquia austro-húngara, foi ordenado padre na qualidade de cidadão checoslovaco, ordenado bispo como húngaro, antes de se tornar, por fim, cidadão soviético.
Dinâmico, espontâneo, mas reservado, a sua inteligência permitiu-lhe destacar-se nos estudos. Usa todas as suas qualidades ao serviço do seu desejo: ser padre greco-católico. Depois dos estudos feitos em Roma, regressa ao seu país e assume a paroquialidade de comunidades rurais. Aí exerce seu ministério em condições difíceis, por vezes perigosas, por causa do antagonismo entre católicos e ortodoxos. Experimenta a hostilidade e desprezo dos fiéis, a pobreza e solidão, mas sente-se feliz. Não se poupa em visitar as comunidades, mesmo que distantes e isoladas. Visita os doentes e os mais necessitados. Seus paroquianos guardaram dele a imagem de um padre piedoso, dedicado e corajoso, privando-se do necessário para socorrer os outros.
Em 1939, o território passa da administração checa para o controlo húngaro. O novo bispo pede-lhe que assuma a missão de professor e diretor espiritual no seminário de Uzgorod. Excelente pedagogo, é respeitado pelos seminaristas que apreciam seu humor e franqueza. É um modelo de padre: exigente, bom e aberto ao diálogo, de fé e humildade profundas e com grande amor à eucaristia.
Já em 1943, o exército vermelho russo ocupa o território, coincidindo com a morte do bispo. Apesar da sua idade, 34 anos, Theodore Romza é escolhido como seu sucessor, por causa da sua energia, atitude frontal ao encarar as situações com firmeza e paciência. Entretanto, a Ucrânia é anexada, iniciando-se uma ortodoxização forçada, com o objetivo de destruir a Igreja greco-católica. Theodore, apoiado pela população, resiste e enfrenta o regime, apesar das intimidações e ameaças. A sua atividade, na defesa do clero e formação de seminaristas, indispõe Moscovo. A sua eliminação é decretada. Mandatado por Khruschev, então responsável soviético na Ucrânia, seu atrelado é abalroado por um camião militar. Os soldados espancaram-no a ele e aos seus companheiros, abandonando-os inconscientes. Sobrevivente, é levado para um hospital onde, acaba envenenado, com a conivência do diretor pró-soviético. Tinha 36 anos.
Theodore Romza foi beatificado a 27 de junho de 2001, com outros mártires greco-católicos da Ucrânia.

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