XXVII Domingo comum (A)
DE PEDRA A FRUTO
LECTIO DIVINA – Um Roteiro
0. Preparo-me
Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente.
Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.
1. O que diz o texto
- Leio pausadamente Mt 21,33-43.
- Sublinho e anoto o mais significativo.
A parábola é dirigida às autoridades religiosas e sociais. Nela, um proprietário esmera-se em cuidados com sua vinha que arrenda a uns vinhateiros. Estes comportam-se como donos: recusam dar os frutos devidos e decidem eliminar o legítimo herdeiro.
2. O que me diz Deus
- Que pensamentos e sentimentos despertam em mim esta passagem?
É o resumi da história de Israel. Deus, extremoso, cuidou com amor sua vinha. Enviou-lhe profetas. Mas os responsáveis do povo não os aceitaram. É desmascarada a infidelidade endurecida, profetizando-se a morte do Messias. Que mais poderá Ele fazer? Jesus anuncia que o Reino de Deus será entregue a quem se revelar capaz de dar “frutos a seu tempo”. A parábola é também para nós, hoje. Damos os frutos esperados? E eu, particularmente? Minhas obras são conformes às graças que recebo de Deus? Ele saberá sempre recomeçar. Comigo ou sem mim!?
3. O que digo a Deus
- Partindo do que senti, dirijo-me a Deus, orando (de preferência com palavras minhas).
Senhor, sou como a vinha da parábola. Lavraste em mim tua obra. Cercaste-me de cuidados. Legitimamente, esperas que teus dons deem fruto. Tenho eu a disposição de render, de forma generosa? Ou sou tentado a guardar a colheita para mim. Quantas vezes confundo correções com ameaças e “maltrato os enviados”. Ajuda-me a recordar que não sou dono do bem, mas apenas administrador. Relembra-me que Jesus é o digno herdeiro. Com Ele e para Ele, os frutos são multiplicados. Serei bem mais “rico” partilhando o que plantaste em mim.
Jesus, quantas vezes Te rejeitei… Ainda assim, és a minha “pedra angular”, sobre a qual quero alicerçar minha vida. Ensina-me a reconstruir, a converter mágoas e fracassos em oportunidades. Não quero ficar fora do povo que “entrega frutos a seu tempo”.
4. O que a Palavra faz em mim
- Contemplo Deus, saboreando e agradecendo.
Senhor, realizas em mim a tua obra, apesar da minha resistência. Contemplando-Te, desejo dar fruto abundante, a favor de muitos. Agradeço teus dons. Louvo e adoro.
Inspira-me o que esperas e mereces de mim. Apoiado em Ti, comprometo-me em algo oportuno e alcançável, crescendo na minha relação diária conTigo e com os outros.
PROVOCAÇÕES
- Dou os frutos que Deus espera e o mundo precisa?
- Aceito as correções que me fazem ou reajo mal?
- Aprendo com os erros, meus e alheios?
- Depois do fracasso, recomeço com fé, generosidade e esperança?
UM PENSAMENTO
“Um dos segredos da vida é fazer degraus com as pedras em que tropeçamos.” (Jack Penn)
UM DESAFIO
Pedir ao Espírito Santo a graça de converter os tropeços em degraus.
UMA ORAÇÃO-POEMA
Uma vinha,
cuidada, lavrada e cercada.
Um lagar, expectante e sequioso.
Uma torre, vigilante e segura.
Com tal afeiçoado esmero
o Senhor aguarda…
o tempo da colheita.
Mas eu, tua vinha,
avaro de mim mesmo,
temo-me pobre e desprotegido
se retribuir tanto amor.
Nego o fruto.
Vindimo o pedido.
E Tu, com a pedra atirada,
pacientemente…
de novo reconstróis.
Por fim, conTigo,
saberei frutificar!?
UMA CANÇÃO
Hillsong United – Cornerstone
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