XIX Domingo comum (B)

O QUE O AMOR DÁ19 COMUM B

LECTIO DIVINA – Um Roteiro

0. Preparo-me
Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente.
Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.

1. O que diz o texto
- Leio pausadamente Jo 6, 41-51.
- Sublinho e anoto o mais significativo.
Ao dizer-se “pão vivo”, Jesus provoca o murmúrio dos judeus que não O entendem. Só a fé o permite. Esse pão é a sua vida entregue na cruz para nos dar vida plena.

2. O que me diz Deus
- Que me dizem as palavras de Jesus. Que sinto?
Jesus é o enviado do Pai. Sua missão é introduzir-me na intimidade da vida em Deus. Percebendo a fome mais profunda que habita o meu coração, Jesus assume-se como alimento para a minha alma. Não o é apenas pelas suas palavras, mas chegando ao ponto de dar a sua vida até à entrega da cruz. É nesse amor ilimitado que a minha existência restaura força e encontra inspiração. Comungar Cristo é passar a viver d’Ele, como Ele. Tenho fome de Deus? Procuro alimentar a minha vida espiritual?

3. O que digo a Deus
- Partindo do que senti, dirijo-me a Deus, orando (de preferência com palavras minhas).
Senhor, caio muitas vezes na murmuração. Por não entender os teus desígnios duvido, reajo e atrevo-me a julgar. Murmurar é multiplicar desconfiança e discórdia. Daí, nunca o tolerares à tua volta. Ajuda-me a confiar, mesmo quando não entendo.
Com frequência, espero reconhecer-Te em manifestações grandiosas. Porém, preferes assumir a essencialidade e discrição do pão. Desapareces, consumido para ressurgir em mim, assimilado. É por dentro que me transformas e moldas a teu jeito. “Já não sou eu que vivo. És Tu que vives em mim.” Senhor, repita-se esse milagre cada dia.
Comungando-Te, na Eucaristia, na meditação da tua Palavra, em gestos de caridade, possa eu alimentar-me de Ti. Apesar da minha limitação e fragilidade, ensina-me a ser, como Tu, pão dado e existência entregue pela vida do mundo.

4. O que a Palavra faz em mim
- Contemplo Deus, saboreando e agradecendo.
Senhor, Tu és “o pão da vida descido do céu” para que eu tenha vida em abundância. Alimentado de Ti, louvo, agradecido. Repleto de Ti, contemplo e adoro.
Inspira-me o que esperas e mereces de mim. Apoiado em Ti, comprometo-me em algo oportuno e alcançável, crescendo na minha relação diária conTigo e com os outros.

PROVOCAÇÕES
- Como alimento o meu espírito? Será o suficiente?
- Se Cristo “investe” sua vida em mim, como Lhe retribuo?
- A minha existência “sustenta” a vida dos outros? Como?

UM PENSAMENTO
“Amar é dar a vida a um outro. A sua. A única.” (José Luís Nunes Martins)

UM DESAFIO
Pedir ao Espírito Santo a graça de comungar a vida de Deus.

UMA ORAÇÃO-POEMA

Comungar-Te, meu Deus.
Ter-Te por sustento
e alento neste ser
frágil de tão sedento
por nascente
que desaltere a alma.

Comungar-Te, meu Deus
e viver de tua vida
dada e feita grão
em mim escondida
moída e amassada;
tornada pão
absorvida e saboreada.
E, por fim, assimilada
tomando-me por carne
e sequela de Evangelho.

UMA CANÇÃO
Kari Jobe – What love is this

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