A arte de presidir à liturgia
Loui-Marie Chauvet. A arte de presidir à liturgia. Fátima: Secretariado Nacional de Liturgia, 2020.
O Padre Loui-Marie Chauvet é um nome incontornável da teologia litúrgica, concretamente no que diz respeito à sacramentologia. “Cristo no meio de vós” é de facto, o sacramento primordial no qual aclamamos: Mistério da fé!
Na sua obra “A arte de presidir à liturgia”, o autor propõe-nos um caminho com duas etapas principais: a primeira, de ordem mais teológica, procura levar-nos ao âmago da identidade relacional do presidir à liturgia in pernosa Chisti e in persona Ecclesiae; a segunda, leva-nos a refletir na importância de um “ethos” pastoral imerso na cultura da pós-modernidade. Inevitavelmente este percurso bebe a sua essência nos sacramentos, mais concretamente nos da iniciação cristã (“sacramentum fundamental”) que constituem o “tronco” do qual florescem os vários ministérios da Igreja.
Ao atendermos ao título desta obra podemos cair na tentação de pensar que se destina apenas aos presbíteros e diáconos. Loui-Marie Chauvet constituiu a sua reflexão ministerial a partir do sacerdócio comum dos fiéis, porque, na verdade, é “Cristo que preside à assembleia”. O presbítero ao presidir em nome de Cristo chama “a assembleia a ser inteiramente ativa”, o que constitui o “nós” da comunhão e da participação: “um só preside, mas todos celebram”.
Falar de uma ars celebrandi significa executar um rito, de uma verdade efetiva, em cada sacramento. Certamente, a arte de presidir à liturgia constitui, mais do que uma validade sacramental, um frutífero “bem espiritual”, no qual todos devemos estar comprometidos.
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